O relatório chamado de Tendências Globais de Investimento em Energia Renovável 2018, realizado pelo Programa de Ambiente da ONU em colaboração com a Escola de Frankfurt e a Bloomberg New Energy Finance, divulgado recentemente, revelou que o investimento global em energia solar conseguiu US$ 160,8 bilhões em 2017.

As informações mostram que a expansão de energia renovável, incluindo também usinas eólicas, biocombustíveis e geração geotérmica, ultrapassou os 70 gigawatt em capacidade líquida adicionada em novos empreendimentos com combustíveis fósseis em 2017.  Foi a primeira vez que a energia solar liderou o crescimento, gerando mais energia adicional limpa, do que combustíveis fósseis em um ano.

O investimento em energias renováveis aumentou 2%, para US$ 279,8 bilhões. Em 2017, a China investiu um valor recorde de US$ 126,6 bilhões nas energias renováveis, o que representa 45% do investimento mundial. A aposta principal é a energia solar, onde foram investidos cerca de US$ 86,5 bilhões, mais 58% do que em 2016.

A energia solar aumentou o fornecimento em 98 gigawatts (GW), o que corresponde a 38% da nova capacidade instalada em todo o mundo. Segundo Nils Stieglitz, presidente da Escola de Frankfurt, o mundo acrescentou mais capacidade energética com a energia solar do que com a produzida por carvão, gás e nuclear juntos.

Erik Solheim, chefe da ONU Meio Ambiente, também destacou que estamos em um ponto de virada dos combustíveis fósseis para o mundo renovável. Existe mercado de energia limpa, e estas fontes podem competir com o carvão, petróleo e gás. Porém, os combustíveis fósseis ainda dominam a capacidade de geração e usinas. A matriz limpa soma apenas 12,1% de eletricidade no mundo.

As economias que ainda estão em desenvolvimento, incluindo China, Brasil e Índia, investiram US$ 177 mil milhões nas fontes renováveis no ano passado, mais 20% do que em 2016, superando os US$ 103 bilhões investidos pelos países mais desenvolvidos. A Agência Internacional de Energia – IEA (sigla em inglês) aponta que os países que vão liderar a expansão desse setor nos próximos cinco anos serão China, Índia e os Estados Unidos. Em diversos outros países em desenvolvimento, a energia solar tem grande potencial de crescimento e esta em grande evidência.

No Brasil

No ano passado, o Brasil chegou a marca de 1 GW de potência gerada por energia solar. O país passou a ocupar o 8º lugar no ranking mundial da produção de energia solar, conforme divulgação do Global World Energy Council – GWEC, superando países desenvolvidos como Itália e Canadá. O salto foi dado nos últimos cinco anos, pois, até 2012, estava em 15º lugar. Em 2018, a produção de energia solar fotovoltaica pode dobrar!

Fonte: Portal Solar