Pesquisadores brasileiros e noruegueses irão realizar uma colaboração para incentivar e estimular novas estratégias e ações com energia solar nos dois países. Realizado no auditório da FAPESP, o 1º Workshop de Energia Solar Brasil-Noruega, mostrou a ação inicial do acordo de cooperação entre a

A Noruega conta com dois tipos de financiamento de pesquisa em energia, os programas INPART e UTFORSK. Estes podem apoiar participações internacionais, inclusive de brasileiros, pois não há restrições para parcerias. O Conselho de Pesquisa da Noruega (RCN) acredita que a colaboração com o Brasil vai ajudar o país a enfrentar e avançar nos desafios globais, o que aumenta a capacidade e qualidade de pesquisa. No ano passado, foram financiados € 9 milhões em pesquisa energética.

Há pouco tempo atrás, a energia solar era considerada uma energia do futuro, no entanto, o futuro já está presente, e o Brasil está um pouco atrasado na tecnologia da energia solar em comparação a outros países. Nosso país tem um imenso potencial para utilizar a energia solar, principalmente na região conhecida como cinturão solar, que vai do Nordeste até o Sudoeste do país, pegando Bahia, Minas Gerais e São Paulo.

No Brasil, o investimento em energia solar ainda é considerado pequeno, porém a fonte renovável cresce rapidamente na matriz energética brasileira. Nos últimos dois anos, por exemplo, o incremento da energia solar no Brasil foi superior a 300%, se tornando a energia que mais cresce no país, mesmo ocupando somente 0,02% da matriz energética do País.

Na Noruega, a radiação não é alta, porém o país está crescendo em microgeração por energia solar. No workshop realizado em 13 de novembro, um dos exemplos mencionados foi a parceria da petrolífera norueguesa Statoil com a também norueguesa Scatec Solar, que estão construindo uma planta de energia solar no Rio Grande do Norte, com capacidade de 162 megawatts.

O acordo assinado por FAPESP e RCN tem a expectativa de lançar as chamadas propostas de pesquisas, além de realizar mais workshops para que haja maior integração entre cientistas dos dois países. Os pesquisadores reunidos no workshop concordam que a introdução da energia solar na matriz energética constitui por si só uma modernização do setor.

A energia solar está se expandindo mais rapidamente do que qualquer outra fonte de combustível. A energia solar fotovoltaica é a fonte energética que mais cresce no mundo, sendo assim, pode dominar o campo de energias renováveis nos próximos anos. São parcerias e ações como estas, entre o Brasil e a Noruega, que auxiliam no avanço desta tecnologia.